DEM e PP reaproxima-se em Santa Catarina
Publicado em 10/04/2011
Autoria Destaque Catarina
O cordão umbilical partidário do DEM e PP em Lages, na Serra Catarinense nunca estiveram rompidos definitivamente, apesar do DEM aliar-se ao PMDB, PTB e PPS na última eleição municipal tendo como candidato a prefeito deste grupo o ex-deputado federal Fernando Coruja (PPS). Coruja perdeu a eleição e o ex-Vice-prefeito de Colombo (DEM), Renato de Oliveira,PP, acabou sendo o novo prefeito de Lages apoiado pelo PSDB que indicou o vice da chapa. Agora, com Raimundo (DEM) sendo o atual Governador do Estado, a aliança política para 2012 com o PP -Partido Progressista que tem como principal liderança o deputado federal Esperidião Amin, retornam ao diáologo de bastidores. Antônio Ceron (DEM) e Arnaldo Moraes, PP, poderão formar a chapa majoritária para disputar a prefeitura de Lages ano que vem.
Estranhas alianças
O curioso nesta história toda é que na atual administração municipal o PP e PSDB conseguiram atrair o apoio do PT- Partido dos Trabalhadores e até do PDT que indicaram membros destes dois partidos como novos integrantes de cargos na prefeitura. Literalmente o PT e PDT mesmo com algumas resistências internas não veêm como boa alternativa estarem apoiando a administração de Renatinho Oliveira,PP, visto que o DEM e PP estão construindo a pavimentação para retornarem juntos com um projeto administrativo para Lages que foi iniciado com Colombo e Renatinho em 2000; quando houve dois seguidos mandatos da prefeitura de Lages sob comando de Colombo e Renatinho e um integralmente por Renatinho,PP, tendo o vice Luiz Carlos Pinheiro, PSDB.
Há setores do PT em Santa Catarina torcendo para que o Governador Colombo (DEM), deixe o partido assim como fez Gilberto Kassab, em São Paulo, e que Colombo vá como fez Kassab ser novo aliado do Governo Dilma (PT) Colombo poderá ingressar em uma sigla da base do Governo Dilma, menos do Partido dos Trabalhadores- até porque Raimundo Colombo não possui históricamente perfil socialista e sim liberal. Aliás, são várias lideranças políticas em Santa Catarina que estiveram sempre no poder durante governos da ditadura militar e que hoje, curiosamente, estão aninhando-se em siglas da base aliada como fez o PR; (caso do ex-deputado federal Ivan Ranzolin) agora no PR e o ex-deputado federal Nelson Goetten - ambos faziam duras e ácidas críticas ao Governo Lula (PT). Agora mudaram o discurso e também mudaram de siglas. Quais interesses estão por detrás destas mudanças que ocorrem com frequência e por várias lideranças políticas, basta ver que muitos deles sempre estão ocupando cargos de confiança. Assim fez o ex-Governador Paulo Afonso (PMDB) que mesmo não mudando de sigla, era seguidamente criticado por várias lideranças do PT e acabou tornando-se aliado do Governo petista ocupando cargo de direção na Eletrosul. Portanto, é necessário uma reforma política no Brasil para acabar de vez com esta postura nada ética praticada por alguns profissionais dentro da classe política. Ao eleitor caberá maior eficiência na decisão na hora de depositar o seu voto e desta forma escolher melhor seu representante político. Quem acompanhava as sessões da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina, Alesc, via o teor do debate acalorado naquela época em que Ideli Salvatti, PT, era deputada e também Nelson Goetten. Houve caso até de recorrerem à Justiça, porém, há demonstração de que tudo foi superado. Exemplos assim existem muitos neste País. Falta apenas uma postura política transparente diante da sociedade, especialmente dos eleitores. Portanto, em Lages (SC), a reaglutinação DEM e PP não altera em nada o curso político local e sim fortalece-se Colombo para a manutenção do projeto estadual daqui quatro anos, quando deverá ir à reeleição de Governo