Morte de Jabor deixa legado gigante ao Brasil
Morreu na madrugada de terça-feira (15) no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP), o cineasta; jornalista; escritor; compositor musical e crítico político nacional Arnaldo Jabor (81). Jabor estava internado desde o dia 17 de dezembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). O jornalista Arnaldo Jabor nasceu em 12 de dezembro de 1940, no Rio de Janeiro (RJ). Foram mais de 50 anos de carreira, transitando com sucesso pelo cinema; TV; Jornais e rádio.
Jabor foi diretor do Cinema Novo, inaugurando uma nova linha do \" cinema de verdade \" no Brasil. Seu primeiro filme foi \" A Opinião Pública \", em 1967. De lá até véspera de sua morte, Arnaldo Jabor deixou um imenso legado, foi um gigante da cultura não somente nacional, porém, latino-americana e, portanto, mundial. Culto, inteligentíssimo alcançou com seu trabalho especialmente no cinema vários grandes prêmios como ao do Urso de Prata no Festival de Berlim ( Alemanha ), com o filme \" Toda a Nudez Será Castigada \", em 1973; e foi o primeiro vencedor do Festival de Cinema de Gramado (RS).
Na música, Jabor é autor de canções como \" Amor e Sexo \"; ao lado de Rita Lee e Roberto de Carvalho, e \" Samba e Exaltação \", em parceira com Cristovão Bastos. Na Tevê, Arnaldo Jabor mantinha por longos anos sua participação com análise crítica sobre a realidade brasileira apontando os variados aspectos desta realidade social, econômica, política e cultura.
O Brasil perde um das maiores personalidades de sua história no âmbito da cultura e da arte. Arnaldo Jabor deixa uma imensa lacuna na cultura brasileira, porém, por outro lado, deixa também uma gigante e imensurável contribuição para com o povo brasileiro, principalmente com as populações que mais sofrem diante dos efeitos maléficos produzidos pelas políticas públicas inadequadas e injustas neste país.