O ESPERADO VEREDICTO SOBRE O MAIOR ESCÂNDALO NA SANTA SÉ

A Justiça do Vaticano deverá anunciar no sábado (16), a sentença para os investigados no maior escândalo de corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes ocorrida no Vaticano. 



Após a 85a. audiência realizada na última terça-feira (12 ), em que os advogados de defesa dos investigados incluindo o Cardeal Giovanni Bacciu,75, pelo quais foram investigados ao longo de vários anos diante de uma teia quase inextricável de fundos especulativos que incluíram desde lavagem de dinheiro; movimentação em bancos, entidades de crédito envolvendo diversas pessoas físicas e jurídicas. 

Este caso representa um duro golpe na reputação da Igreja Católica e do Papa Francisco, o qual por várias ocasiões intensificou as reformas para sanear as finanças da Santa Sé e também de combater fraudes. 

O caso evidenciou o uso imprudente do Óbolo de São Pedro - a grande coleta anual de doações de caridade do Papa. O Vaticano, acabou vendendo o edifício de 17.00 metros quadrados, localizado num luxuoso bairro de Chelsea, em Londres, ( Inglaterra ), e que foi adquirido por um preço superfaturado e sujeito a hipoteca oculta, segundo as investigações do Estado do Vaticano - que é um estado independente e possui suas próprias instâncias penais. 

 Giovanni Angelo Bacciu, durante o processo sempre negou haver cometido irregularidades. Foram longos 30 meses de muitas audiências. O julgamento foi cada vez mais aprofundando envolvendo questões de procedimentos, gerando mais dúvidas sobre a eficácia do sistema judicial da Santa Sé. 

 A investigação descreveu como sendo uma espécie de " teia inextricável "! de fundos especulativos desde lavagem de dinheiro, entidades financeiras de crédito, bancos e pessoas jurídicas e físicas no caso. O veredicto será lido no final da tarde de sábado ( 16). Angelo Bacciu, que foi ex- conselheiro do Papa Francisco, foi destituído em setembro de 2020, sendo o primeiro religioso de alto escalão do Vaticano a comparecer perante o Tribunal do Vaticano. Em julho de 2023, o promotor de Justiça da Santa Sé. 

Alessandro Diddi, pediu penas que variam de 4 anos a mais de 13 anos de prisão, bem como, sanções financeiras para os dez acusados que estão sendo julgados desde julho de 2021 por fraude, apropriação indébita de fundos, abuso de poder, lavagem de dinheiro, corrupção e extorsão.