ELEIÇÕES NO BRASIL MOSTRAM QUASE UM TERÇO DO ELEITORADO DIZENDO NÃO ÀS URNAS

Nada de muito novo no Brasil após o encerramento da votação nestas eleições de segundo turno em 51 municípios do país. O amplo espectro de siglas partidárias disputando as eleições, o que se viu no final, após as apurações dos votos, foi um elevado índice de abstenções, superando na média na ordem de 23,00% na maioria dos municípios ( o que também ocorreu em primeiro turno das eleições de 2024 em todo o Brasil). E há muitos municípios que atingira abstenção acima de 31,00%. Em Porto Alegre (RS), chegou acima de 34,00% . 


 A votação que reelegeu o prefeito em Porto Alegre (RS, foi superior a da votação que o elegera e isto também foi registrado em outros municípios do país. Isto mostra claramente que quase um terço do eleitorado brasileiro não teve interesse algum em ir às urnas nestas eleições de 2024. Se somado aos índices como por exemplo, votos brancos e votos nulos, em que ambos também tiveram uma margem considerável na ordem de 10% cada, ou seja, cerca da metade - isto mesmo: cerca da metade do número de eleitores brasileiros não votaram. Isto é: disseram literalmente não às urnas.

Isto é algo preocupante num país que se define como um país democrático. Há algo muito grave que precisa ser profundamente analisado, discutido pela sociedade brasileira quanto à ter uma representatividade expressiva, forte politicamente e administrativamente que represente os anseios da grande maioria da população brasileira. O que se viu resumidamente nestas eleições foram dois aspectos fundamentais: o primeiro deles de que a maioria dos eleitores que foram às urnas; deixaram um recado à classe política brasileira de que não há mais a chamada polarização.

O Brasil se vê notadamente num dilema: passa eleição, vem eleição e as velhas raposas continuam se revezando no poder. Basta destacar que alvos de operações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF); sobre investigatórias de combate a corrupção; organização criminosa; fraudes, lavagem de dinheiro e desvios de verbas públicas; como exemplo dos presidentes de partidos como do PSD com Gilberto Kassab e do parlamentar Baleia Rossi (MDB); que preside o MDB nacionalmente; foram ambos partidos que saíram mais fortalecidos nestas eleições elegendo elegendo centenas de prefeitos.

PT SAI FRAGILIZADO DESTAS ELEIÇÕES DE 2024 . O PL SAI MENOR DO QUE HÁ 4 ANOS ATRÁS

O PT e o PL que foram antagônicos na polarização como foi antes o PSDB com o PT por longas disputas eleitorais, desta vez, não houve essa polarização e sim; ocorrera uma ampla abertura em que rumou para votações às siglas que representam mais ao centro e do centro para a direita, mas não à direita extremista, radical. A eleição mostrou que o PT saiu fragilizado e enfraquecido destas eleições e a eleição em São Paulo ( o maior colégio eleitoral do Brasil ); mostrou a imensa rejeição ao PT.

Nem o então candidato do PSOL, Guilherme Boulos, saiu beneficiado com apoio do PT na véspera destas eleições. Boulos que teve 40,44% dos votos válidos neste segundo turno contra Ricardo Nunes (MDB), que teve 59,56% dos votos válidos; relembra no caso de Boulos a mesma votação na ordem de 40,42 % dos votos válidos obtidos há quatro anos atrás; quando disputou a prefeitura contra Bruno Covas (PSDB), o qual elegeu-se prefeito na época. Ou seja, o PT não somou e pelo contrário, prejudicou Guilherme Boulos (PSOL).

Capitais onde ocorreu disputas no segundo turno elegeu os seguintes prefeitos:

- Aracaju (SE), elegeu Emília Corrêa (PL) com 57,46% dos votos válidos;
- Belém (PA), elegeu Igor Normando (MDB), com 56,36% dos votos válidos;
- Belo Horizonte (MG), reelegeu-se Fuad Noman (PSD), com 53,73% dos votos válidos;
- Campo Grande (MT ), Abílio Brunini (PL), com 53,80% dos votos válidos;
- Curitiba (PR), Eduardo Pimentel (PSD), com 57,64% dos votos válidos;
- Fortaleza (CE), Evandro Leitão (PT), com 50,38% dos votos válidos;
- Goiânia (GO), Sandro Mabel ( União Brasil ), com 55,53% dos votos válidos;
- João Pessoa (PB), reeleito Cícero Lucena ( PP), com 63,91% dos votos válidos;
- Manaus (AM), reeleito David Almeida ( Avante ), com 54,59% dos votos válidos;
- Natal (RN), Paulinho Freire ( União Brasil ), com 55,34% dos votos válidos;
- Palmas (TO), Eduardo Siqueira Campos ( Podemos ), com 53,05% dos votos válidos;
- Porto Alegre (RS), reeleito Sebastião Melo (MDB), com 61,53% dos votos válidos;
- Porto Velho (RO), Léo Moraes ( Podemos ), com 56,18% dos votos válidos;

- Em São Paulo, reeleito Ricardo Nunes (MDB), com 59,35% dos votos válidos.

Em outros municípios brasileiros que tiveram disputas em segundo turno; completaram o leque destas disputas municipais de 2024.