HAMAS APRESENTA RESPOSTA AO PLANO DE PAZ PROPOSTO POR TRUMP PARA ENCERRAR A GUERRA

O Movimento de Resistência Islâmica Palestina ( Hamas ), apresentou oficialmente no sábado ( 04/10 ), a sua resposta ao plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visando encerrar a guerra na Faixa de Gaza, onde forças militares israelenses seguiam bombardeando estruturas civis e provocando milhares de mortes de palestinianos, deixando milhares de feridos e desabrigados.

O anúncio feito pelo Hamas, foi realizado por meio de mediadores após extensas consultas internas. Segundo informações, o Hamas, expressou seu apreço pelos esforços de mediação árabe, islâmica e internacional, incluindo aqueles liderados pelo presidente Trump e reafirmou ainda as condições essenciais para o fim do conflito, incluindo desde um apelo por um cessar-fogo completo, imediato; troca de prisioneiros e acesso imediato à ajuda humanitária; rejeição da ocupação em curso da Faixa de Gaza e do deslocamento de seus moradores; acordo para transferir a administração de Gaza para um órgão palestino de tecnocratas independentes, em linha com o consenso nacional e apoiado por parceiros árabes e islâmicos; aceitação da libertação de prisioneiros - tanto vivos quanto mortos - conforme descritos na proposta de Donald Trump e dependente de condições de campo acordadas; e ainda ênfase na futura governança de Gaza vinculadas às posições nacionais palestinas e às estruturas jurídicas internacionais.

Trump, alertou o Hamas dando prazo até domingo (05/10), para propor acordo com Israel a fim de um cessar-fogo imediato. Segundo Trump, não havendo acordo, a Faixa de Gaza se tornará " um inferno como nunca antes já visto ". O Hamas declarou também que todas as questões restantes na proposta do presidente dos Estados Unidos; Donald Trump, devem estarem alinhadas com o direito e as resoluções internacionais e refletir a posição unificada do povo palestino. Estima-se que 48 reféns estejam na Faixa de Gaza e que 18 deles ainda estejam vivos. O Hamas, anunciou que aceita a libertação de prisioneiros diante da proposta de Trump e ao mesmo tempo que entrega o controle de Gaza a uma autoridade palestina.

Não foi definido ainda qual seria o dia para libertação dos prisioneiros que estão sob o controle do Hamas. A resposta do Hamas à proposta de Trump, deverá ser agora apresentada ao governo de Israel para que se possa estabelecer definitivamente um acordo de paz e , portanto, colocar um fim definitivo na guerra. Estima-se que mais de 74.500 palestinianos tenham sido mortos pelos ataques de Israel e que outras mais de 156.000 tenham ficado feridos; sendo milhares deles com ferimentos graves. Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde da Palestina destacou à Imprensa internacional que 59,1% das vítimas são mulheres, crianças e pessoas com mais de 65 anos da idade.

O conflito começou no dia 7 de outubro de 2023, depois que grupos armados do Hamas , atravessaram a fronteira com Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com registros de Israel. Observadores internacionais estimam que o número de vítimas palestinianas nesta guerra entre Israel e Hamas, seja superior na ordem de 48% a mais dos números até agora divulgados devido asa condições avassaladoras de destruição provocadas pelos ataques das forças militares de Israel que destruíram todas as estruturas físicas desde hospitais, igrejas; comércio, prédios e casas; além de estruturas de rede de energia, estradas e rede de abastecimento de água à população palestiniana.