ATIVISTAS DESCREVEM MAUS-TRATOS POR ISRAEL APÓS INTERCEPTAÇÃO DA FLOTILHA DE AJUDA HUMANITÁRIA À GAZA

Os horrores descritos por dezenas de ativistas que compuseram a flotilha levando ajuda humanitária ao povo palestino na Faixa de Gaza, revela parte do que o povo palestiniano vem sofrendo desde o início dos bombardeios das forças militares de Israel em todo o território da Faixa de Gaza, onde mais de 65.00 pessoas morreram e outras mais de 145.000 ficaram gravemente feridas. A interceptação da flotilha GSF ( Flotilha Global Sumud ), de ajuda humanitária ocorreu na quinta e sexta-feira da semana passada pelos militares navais israelenses. 


Os cerca de 450 ativistas pró-palestinos; oriundos de vários países do mundo; a maioria deles acabaram sendo detidos pelos militares de Israel e foram levados em seguida para um dos presídios no deserto de Israel. A ativista e ambientalista sueca Greta Thunberg, que foi deportada no sábado (04/10), foi uma das ativistas que mais sofreu humilhações por militares de Israel. à Imprensa internacional, Greta disse que foi levada à uma cela onde as paredes retratavam sinais da crueldade contra os detidos ali anteriormente. 

Havia muito sangue nas paredes e um odor " terrível " descrito pela ativista climática Greta Thunberg, apontando ainda que passou sede e fome e que foi humilhada quando teve que enrolar-se numa bandeira de Israel como sendo uma espécie de troféu para Israel. Greta afirmou também ser ameaçada de morte por militares de Israel. A repercussão da prisão dos quase 450 ativistas, gerou revolta e manifestações públicas em diversos países, especialmente da Europa; Estados Unidos, Jordânia, Tunísia, Espanha; Itália, Portugal; Malásia, Kuati, Suíça, dentre outros como na Inglaterra e na Alemanha. 

Poucos dos barcos tiveram que retornar as suas origens. Até no domingo (05/10), cerca de 140 ativistas já haviam sido deportados para a Turquia por forças israelenses, incluindo um dos brasileiros. Em nota, o governo brasileiro condenou a interceptação e a execução da liberação dos manifestantes. A parlamentar italiana Benedetta Scuderi, que integrou a flotilha destacou que foram " brutalmente impedidos " e relatou ainda que foram " brutalmente tomados como reféns ". 

Os ativistas relataram ainda que foram amarrados de joelhos por horas sem que pudesse sequer beber água e consumir alimentos e quando passado muitas horas detidos; houve alguma oferta de água suja com areia e de gosto indescritível, oferecida por militares israelenses. Nem medicamentos tiveram acesso diante as más condições de alguns ativistas que passaram a sentir mal estar, vômito e febre. A guerra entre Israel e o Hamas completa dois anos neste mês de outubro. 

São cerca de 2,3 milhões de palestinianos vivendo sob regime de exclusão, onde todo o território da Faixa de Gaza é controlado 100% por militares de Israel e que diante dos ataques brutais das forças israelenses bombardeando diariamente Gaza, obrigando cerca de 2.3 milhões dos palestinianos a deslocamento forçado para a região sul da Faixa de Gaza, junto a fronteira com o Egito. Fome, sede, milhares deles feridos e muitos dos feridos com gravidade; crianças, bebês, mulherees e idosos são os que mais estão sofrendo diante destes ataques de Israel. Doenças graves atingem milhares de palestinianos que vivem sob condições de desnutrição gravíssima e sob pressão psicológica das mais terríveis e que representam um crime hediondo de guerra. 

A ajuda humanitária atrás. Nem a imprensa internacional possui acesso ao território da Faixa de Gaza diante da proibição de Israel. à Faixa de Gaza, foi proibida pelo ministro de Israel Benjamin Netanyahu desde meses.


AO MENOS 15 BRASILEIROS ESTAVAM NA FLOTILHA RUMO A FAIXA DE GAZA

Dentro o grupo de ativistas que rumaram para a Faixa de Gaza e que acabaram sendo detidos por forças navais de Israel, estavam 15 brasileiros. Eles juntaram-se a outros ativistas de vários países do mundo a fim de levar ajuda humanitária ao povo palestiniano que vem sendo massacrado, sofrendo diante dos constantes ataques das forças de Israel. A interceptação de Israel foi classificada como sendo " um ataque ilegal " em águas internacionais quando mais de 60 barcos aproximavam-se do litoral da Faixa de Gaza.

Os brasileiros que estavam na flotilha e que foram presos por Israel são: deputada federal Luzianne Lins; Thiago Ávila; Bruno Gilga; Lisiane Proença; Magno Costa; Mariana Conti; Nicolas Calabrese; Gabriele Tolotti; Mohamad El Kadri; Ariadne Telles; Mansur Peixoto; Lucas Gusmão; Miguel de Castro; João Aguiar e Hassan Massoud ( jornalista correspondente da Al Jazeera ). O Hamas apresentou no sábado (04/10), ao presidente dos EUA Donald Trump, uma resposta sobre a proposta de acordo proposto por Trump e que o Hamas aceita liberar os reféns em troca dos reféns mantidos por Israel e também que haja um governo tecnocrata na Faixa de Gaza e seguindo governança na Faixa de Gaza pelas posições nacionais palestinas e às estruturas jurídicas internacionais.